Saiba qual a diferença entre o “nosso” café expresso, o café que se consome nos Estados Unidos (sim, aquele de meio litro que se vê nos filmes) e o chamado “café americano”.
O café expresso
Todos sabemos, pelo menos em Portugal, o que é um café ou uma bica! Mas não custa nada defini-lo em palavras: trata-se de uma extração de café feita por água quente sob pressão, que é “obrigada” a atravessar uma dose de café. Esta extração dura apenas alguns segundos, mas resulta numa infusão de café bem concentrada.
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O café que se bebe nos Estados Unidos
Cena típica de qualquer filme ou série: um detetive está processar o cenário de um crime; entretanto chega um colega que traz café para os dois: duas jarras de quase meio litro de uma bebida à qual chamam “black coffee”. Resultado: cara feia; cara feia a que fazemos nós, vidrados no café expresso de 15 mililitros que se bebe praticamente de shot, quando por momentos imaginamos o intragável sabor de uma “dosezinha” de café extraída continuamente non stop até completar o volume daquelas megacanecas.
De facto, nos Estados Unidos, a cultura do café é muito diferente da dos europeus. O típico café que as pessoas transportam numa caneca de plástico tapada com um furinho para ir bebendo não é um café expresso extraído durante dois séculos e meio, mas é praticamente idêntico ao café de máquina de filtro que conhecemos bem aqui em Portugal. Trata-se de uma infusão de café filtrada que pode ter vários métodos de preparação, principalmente um dos seguintes:
Filtração gota a gota
Adiciona-se uma dose de café a um filtro e verte-se água quente por cima. A água entra em contacto com o café, extrai o que tem para extrair, e acaba por cair, “gota a gota”, num recipiente. Este processo pode ser feito manualmente, ou seja, vertendo água previamente aquecida sobre o filtro, ou pode ser feito por uma máquina.
Prensa francesa
A prensa francesa é aquele bule que tem um êmbolo na tampa: mistura-se o café com a água quente lá dentro; depois de “x” minutos, pressiona-se o êmbolo, que vai arrastar a “borra” para o fundo do bule.
Não é muito diferente do café que muitos portugueses conhecem feito com máquina de filtro ou até mesmo com cafeteira. Vejamos alguns factos:
- É de facto mais diluído do que um café expresso; tendo em conta a água que leva, tem uma menor proporção de café (logo, uma menor concentração de cafeína).
- Utiliza uma moagem de café mais grossa: este é um pormenor com duas consequências importantes:
- O café tem menos corpo.
- Embora tenha mais água e a extração dure mais tempo do que um café expresso, não vai extrair tantos compostos que dão um sabor amargo (algo que se começa a notar quando tomamos um café expresso cheio) e, assim, tem um sabor agradável embora menos intenso.
O café americano
O termo “café americano” é utilizado para designar um café expresso ao qual se adiciona água quente após a extração (ou vice versa). O objetivo é tentar “imitar” o café filtrado que se bebe nos Estados Unidos e a sua origem remonta à Segunda Guerra Mundial, nomeadamente à altura em que os soldados norte-americanos estiveram em solo italiano (onde só havia café expresso).
Dados curiosos
- O mercado do café expresso está a crescer nos Estados Unidos, mas a percentagem de consumidores que prefere este tipo de café é ainda minoritária (em torno de 30 %).
- Os Estados Unidos importam mais de 4 mil milhões de dólares de café por ano.
- Nos EUA, são consumidas cerca de 400 milhões de doses de café por dia.
… a diferença entre usar café recém-moído ou café comprado já moído?